Alguns dizem que uma boa história tem uma moral implícita. Eu digo "para o inferno os iluministas!". Mas, para salvar minha sanidade, eu enxergo minha história como uma metáfora do fluxo do mundo. Todos sentem esse impulso, arrisco dizer, instinto de luta. Mas ninguém enxerga o inimigo, e ninguém sabe exatamente quem atacar. Alguns de nós tem mais poder que outros: temos armas para o confronto. Outra vantagem na disputa é saber identificar os inimigos mais ameaçadores e neutraliza-los o mais rápido - e permanentemente- possível. As ruas são uma arena onde gladiadores se enfrentam todo dia. Por um tesouro oculto. Um tesouro indefectível, extraordinário, inestimável e - acima de tudo- irreconhecível.
Chega a ser engraçado escutar os rugidos, grunhidos de quem defende um território que nem ao menos sabe a história. O ser não tem pista alguma do porquê está lá. Mas como está, quer ficar. Ficar é seguro, talvez? Ou eles têm esperança de um dia botar as mãos no impensável tesouro magnífico?
Divagações à parte fiquem com essa história que eu gosto de contar sob o titulo de "Meu último confronto" ou "Porque eu parei de lutar". Alguns podem identificar como uma história de ação, mas acho que seria mais uma anedota.
Divagações à parte fiquem com essa história que eu gosto de contar sob o titulo de "Meu último confronto" ou "Porque eu parei de lutar". Alguns podem identificar como uma história de ação, mas acho que seria mais uma anedota.
Há algum tempo recebi um e-mail sobre uma proposta de trabalho. Como vocês sabem, era um famoso Recuperador. Sabem, como um detetive? As pessoas querem achar algo. Algo que alguém ou elas mesmas perderam. Há pouco ou muito tempo, não importa. Elas me pedem pra achar algo perdido, eu faço!
Chegando no bar que gosto de marcar as reuniões, um sujeito de terno caro e óculos pomposos me espera sentado, fumando cigarros de luxo e bebendo uma garrafa de whiskey. Doze anos. Importado.
Chegando no bar que gosto de marcar as reuniões, um sujeito de terno caro e óculos pomposos me espera sentado, fumando cigarros de luxo e bebendo uma garrafa de whiskey. Doze anos. Importado.
Muito inusual, a maioria dos meus clientes não beberia algo mais caro que os cigarros, não vestem gravatas de seda a menos que morra alguém da família. Os óculos normalmente estão embaçados por causa das lagrimas recentes. O olhar de desespero é muito comum e a bebida só serve como anestésico à dor.
Certo, vez ou outra, um ricaço ou patricinha perde algo de valor e me chama para correr atrás do prejuízo. Nesses casos, têm medo de mim. Hehe! Pois é. Então costumam negociar apenas por intermédio de eletrônicos ou terceiros- empregados da família.
Certo, vez ou outra, um ricaço ou patricinha perde algo de valor e me chama para correr atrás do prejuízo. Nesses casos, têm medo de mim. Hehe! Pois é. Então costumam negociar apenas por intermédio de eletrônicos ou terceiros- empregados da família.
Por isso, vacilei quando vi a figura. Um sentimento de perigo fluiu pelo meu corpo. É. Eu tenho isso sim. Superstição ou não, me manteve vivo até hoje.
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